sábado, 14 de abril de 2012

Vìdeo com imagem e som do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto

Assista o vídeo, no youtube, com imagem e som do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto. Era o dia 9 de abril de 1978, quando o Servo de Deus Dom Gabriel fazia a bênção da pedra fundamental da igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens em Louveira, SP.

Vídeo com o Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto

terça-feira, 27 de março de 2012

Jesus é tudo para o padre!

JESUS É TUDO PARA O PADRE!


Jesus é tudo para o Padre! Foi a última mensagem do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, dirigida ao clero da Diocese de Jundiaí, SP.  Gosto de pensar nesta mensagem como sua última carta episcopal aos sacerdotes.
Em muitas dioceses há o costume de que o bispo escreva uma carta aos sacerdotes na semana santa, por ocasião da quinta-feira santa, na qual destacam alguns pontos importantes para o ministério sacerdotal. Pois bem, gosto de pensar que este bilhete é a carta mais completa que um bispo poderia escrever aos sacerdotes.
O Servo de Deus Dom Gabriel faleceu na quaresma de 1982, no dia 11 de março. Este ano, portanto, comemoramos 30 anos da sua páscoa definitiva. E nesta carta pascal, de uma linha apenas, resumiu a essência do sacerdócio: que é a sua intimidade, a sua comunhão, a sua vida como seguimento de Jesus Cristo.
Jesus é tudo para o padre! O que mais poderia ser dito, senão explicitações desta única e sublime síntese. Pois “a graça do Espírito Santo própria ao sacramento da Ordem é a graça da configuração a Cristo Sacerdote, Mestre e Pastor, cujo ministro é o ordenado.” (cf. CIC 1585)
Jesus, no evangelho segundo São João, afirma que os seus discípulos são os ramos dele, que é a videira cujo agricultor é o Pai, e que sem ele, Jesus, nada podem fazer. Pois bem, os sacerdotes são discípulos que aceitam o chamado a identificar-se mais com Cristo na doação ao projeto do Pai, na doação ao Povo de Deus. Eles são os que devem ir à frente do rebanho de Cristo espelhando-se no Bom Pastor, que é Jesus. Jesus é o modelo absoluto do padre, é o tronco da vida sacerdotal. Todo fruto do sacerdócio é dependente da seiva da caridade de Cristo. Serão sempre melhores os frutos quanto mais o sacerdote estiver unido a Jesus, na vida sacramental, de oração, de escuta obediente da Palavra de Deus, na vida da Igreja.
Uma linha apenas! Foi o bastante para resumir e estimular o sacerdócio.  Ora, se pela ordenação sacerdotal o padre é configurado a Jesus, único e eterno sacerdote, então o melhor resumo e motivação para a vida sacerdotal é a afirmação: Jesus é tudo para o padre! Toda ação sacerdotal é ação de Cristo na vida daqueles que se abrem à plena comunhão com ele na vida da Igreja: é ele o pastor, é ele o santificador, é ele o consolador, é ele o mestre, enfim, Jesus é tudo para o padre! Assim como afirma Santo Tomás de Aquino: “somente Cristo é o verdadeiro sacerdote; os outros são seus ministros.” (cf. CIC 1545)
Gosto de pensar, também, que esta frase é o resumo da vida do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto. De fato, é incontestável que o sacerdócio foi a plena realização da sua vida. E a quantos julgam que a vida sacerdotal é de alguma forma incompleta, pela falta do convívio conjugal ou outras razões que se alegam, o Servo de Deus testemunhou que esta é uma vida feliz e realizada, uma vida plenificada pelo amor de Jesus.
Jesus é tudo para o padre! Só alguém intimamente unido a Cristo, participante da sua santidade, poderia resumir de forma tão simples e completa a sua vida e a sua mensagem pastoral final.
Frei Antonio Silvio da Costa Junior, O. Carm.


terça-feira, 20 de março de 2012

19ª Semana Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, em Itu, SP

           Todos os anos, na cidade de Itu, São Paulo, cidade natal do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto celebra-se a “Semana Dom Gabriel”. Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Itu visando manter viva a memória deste venerável ituano.  Várias inciativas  são tomadas e entre cerimônias cívicas e religiosas recorda-se a memória do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto. Este ano celebrou-se a 19ª Semana Dom Gabriel Paulino Bueno Couto aconteceu entre os dias 09 a 16 de março, em Itu.
          No dia 11 de março celebraram-se missas “in memoriam” do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto na Igreja do Carmo em Itu, e na Catedral de Nossa Senhora do Desterro em Jundiaí, São Paulo. Dom Vicente Costa, que presidiu a eucaristia em Jundiaí, destacou o zelo do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto pela Igreja e o Povo de Deus a ele confiado no seu ministério episcopal. Uma caravana de ituanos tomou parte desta celebração.
          Este ano, quando celebrou-se o trigésimo aniversário da morte do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, destacamos com fotos algumas desta celebrações. Foi homenageada, com a medalha e diploma Dom Gabriel pela Câmara Municipal de Itu, a senhora Maria Luísa Delboux, que trabalhou intensamente na elaboração da biografia do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto.   Na mesma cerimônia, entronizou-se o quadro do Servo de Deus na mesma Câmara Municipal como mais um ilustre ituano a ser para sempre recordado pelo povo da cidade.
            Abaixo apresentamos algumas fotos destas comemorações.
Objetos pessoais do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto
Dom Vicente Costa, bispo diocesano de Jundiaí, presidiu a missa  "in memoriam" do Servo de Deus Dom Gabriel
  
Missa  "in memoriam" do Servo de Deus Dom Gabriel 

Exposição do retrato do Servo de Deus Dom Gabriel na Câmara Municipal de Itu, SP
 
Sessão solene na Câmara Municipal de Itu, SP, homenageando a senhora Maria Luísa Delboux

Senhora Maria Luísa Delboux homenageada com a medalha e diploma Dom Gabriel da Câmara Municipal de Itu

Senhora Maria Luísa Delboux, ao lado de frei Antonio Silvio, vice-postulador geral da causa de canonização do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Coutos, e do Tenente Coronel Fernando Bartholomeu Fernandes, comandante do Regimento Deodoro, Itu SP
 
Missa "in memoriam" do Servo de Deus Dom Gabriel, em Itu, SP

Objetos pessoais do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto 

Sepultura do  Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, na Catedral de Nossa do Desterro, Jundiaí, SP


quinta-feira, 8 de março de 2012

19ª Semana de Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, em Itu, SP



A 19ª Semana Dom Gabriel Paulino Bueno Couto acontece entre os dias 09 a 16 de março, em Itu. No dia 09 (sexta-feira), às 8h30, será realizada a abertura oficial, na sede da Secretaria de Turismo, com uma palestra ministrada pelo Frei Felisberto Caldeira de Oliveira, e em seguida, será servido um coquetel, que contará com a participação de autoridades locais.
Na tarde seguinte, a partir das 18 horas, haverá a exposição do banner, em homenagem aos 30 anos da morte de Dom Gabriel, com apresentação da Banda do Carmo, na igreja Nossa Senhora do Carmo.

No dia 11, às 16h, em frente à Igreja Nossa Senhora do Carmo, acontece a partida do ônibus, que levará ituanos à Catedral Nossa Senhora do Desterro, em Jundiaí, onde o Padre Donizetti e o Frei Silvio Costa celebrarão uma missa à 18:30hs, em homenagem a Dom Gabriel. Ainda no domingo, às 18 horas, haverá uma missa na Igreja do Carmo de Itu celebrada pelo Frei Felisberto, que contará com participação de jovens e uma homenagem dos membros da Academia Ituana de Letras (Acadil), a Dom Gabriel.

O jornalista Salathiel de Souza também participará da programação da 19ª Semana Dom Gabriel; ele ministrará a palestra “Dom Gabriel, Caridade e Saúde”. O evento é gratuito e tem início previsto para as 19 horas. Na ocasião, o jornalista representará a Academia Ituana de Letras dentro das atividades da Semana Dom Gabriel. “A Acadil foi convidada a participar da programação e como Dom Gabriel é meu Patrono fui convocado”, explica. De acordo com Salathiel, a palestra vai durar aproximadamente 20 minutos e terá como enfoque exaltar a caridade de Dom Gabriel com os enfermos, já que a Campanha da Fraternidade promovida pela Igreja Católica este ano tem como objetivo debater sobre a saúde pública no Brasil.

No dia 12 (segunda-feira), às 17 horas, será promovida a entronização da foto de Dom Gabriel e homenagem à senhora Maria Luisa D’Elboux, com a medalha e diploma Dom Gabriel, na Câmara Municipal.
Na terça-feira, das 14 às 17 horas, haverá uma visita de estudantes à igreja Nossa Senhora do Carmo, para conhecerem todo material recolhido ao longo dos anos, contendo a história de Dom Gabriel.
Já no dia 14, das 8 às 17 horas, na igreja Nossa Senhora do Carmo, será realizada uma exposição de trabalhos realizados por alunos de escolas municipais, estaduais e particulares de Itu, em homenagem a Dom Gabriel.

No final da tarde de quinta-feira, após a missa das 18 horas, na igreja Nossa Senhora do Carmo, acontece a visita dos amigos de Dom Gabriel, ao salão dedicado aos bispos ituanos, Dom Raimundo Lui e Dom Gabriel.
Encerrando a programação, no dia 16 de março, às 18 horas, também na igreja do Carmo, será celebrada uma missa e, em seguida, uma encenação de fatos da vida de Dom Gabriel, dirigida pelo padre Ignácio Sonsini.

(Notícia enviada por Lúcia Helena Delboux, tendo como fonte o calendário elaborado pela Comissão Ituana para as celebrações da Semana Dom Gabriel apoia pela Secretaria de Turismo de Itu.)

terça-feira, 6 de março de 2012

30 anos do falecimento do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto

      O próximo dia 11 de março marca o trigésimo ano do falecimento do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto. Aquele 11 de março de 1982 foi um dia de muita comoção na cidade de Jundiaí. O povo dizia nas ruas e o jornais estampavam em primeira página: "PERDEMOS UM BISPO E GANHAMOS UM SANTO". Guardadas as devidas proporções foi um clamor popular como o que ocorreu quando faleceu o Bem-aventurado João Paulo II, Papa, quando o povo dizia pelas ruas e os jornais estampavam: "SANTO JÁ". 
      Há pessoas cuja a santidade de vida causa tamanha impressão que no senso comum dos fiéis não existe mais dúvida sobre isso. Trinta anos depois a fama de santidade do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto se mantem e ainda cresce. Rezamos a Deus para um que um dia toda a Igreja possa conhecer e celebrar este testemunho de vida e santidade cristã e o canonize.
      O informativo diocesano de Jundiaí informa e convida:
11 de março, às 18h30 - Missa pelos 30 anos de falecimento de Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, na Catedral Nossa Senhora do Desterro, Praça Governador Pedro de Toledo, s/n, Centro, Jundiaí. 


segunda-feira, 5 de março de 2012

Oração para pedir a canonização do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto Oração para pedir a canonização do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto

Oração para pedir a canonização do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto
 (para uso particular)
Bom Jesus, socorrei-me em minha aflição e atendei-me por  intermédio do vosso servo fiel, Dom Gabriel Couto.  Ele que dedicou toda sua vida à penitência, à oração e ao anúncio do evangelho por vosso amor e ao rebanho a ele confiado, ensinou-nos a esperar só em vós na hora da angústia.
Por isso, vos rogo, ó Bom Jesus, que atendais na graça que vos suplico ...(pede-se a graça). Mas, seja feita sempre a vossa santa vontade. Peço-vos ainda, Bom Jesus, que concedais a Dom Gabriel a honra dos altares a fim de que muitos aprendam a vos amar e servir como ele mesmo fez. Que o testemunho de sua vida e a sua intercessão leve os cristãos a dar glória ao Pai, que está nos céus, e convosco e o Espírito Santo é adorado e louvado por toda a Igreja.
Amém.
Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

sexta-feira, 2 de março de 2012

Alguns pensamentos de D. Gabriel Couto (3)

- A quem nos pedir provas do quanto pode Cristo na realização integral do homem autêntico, não duvidaremos em apontar-lhes as nossas comunidades religiosas. 
- A “gratia Mariae” era “gratia Christi” como a de todos os homens.  Maria é também “ramo” da videira, que é Cristo, “membro do Corpo Místico de Cristo, Filha do Povo de Deus.  Sua incorporação, porém, a Cristo, deve ter sido efetuada pela maternidade divina, para a qual fora criada.  Esse “Batismo” todo especial já atuou desde o primeiro instante da sua Conceição, incorporando-a plenamente a Cristo. – É portanto o membro mais realizado do Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja; nela toda a Igreja pode contemplar o quanto pode Cristo, que é a realidade da Igreja.  Todos os ramos da videira, Cristo, em Maria têm a mais perfeita prova da força vital, própria da videira, na qual Ela está incorporada.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Alguns pensamentos de D. Gabriel Couto (2)

- Deus teve a primeira idéia do homem.  Ninguém, então, melhor que o próprio Criador do homem pode dar a definição de sua criatura.
- O cristianismo não se reduz a uma simples relação externa, intelectual ou moral com Cristo, fruto da imitação de seus exemplos, ou da assimilação de sua doutrina, mas consiste, essencialmente, em uma união interna, mística, vital do “homem” com Cristo.
- A autêntica fé católica nos impede de crer que a Virgem Mãe de Deus, Maria, sentindo em si mesma toda a riqueza da vida que jorra de Cristo Deus, seu Filho, para toda humanidade, não empregue todo o poder de que foi investida, em trazer todo o homem a Cristo, para que o possua e possuindo-o, viva.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Alguns pensamentos de D. Gabriel Couto (1)


- Jesus Cristo se apresenta aos olhos dos «homens» como único homem, Filho de Deus, verdadeiramente realizado, plenamente feliz.
- Felizmente o Filho de Deus se fez HOMEM para os «homens».
- É por Cristo, com Cristo e em Cristo que o «homem» pode realizar-se, entrando em comunhão de vida e de amor com o Pai, e no Pai, com o outro, consigo e com o universo.
- A Igreja subsiste, precisamente porque o Filho de Deus se fez homem por amor ao homem, padeceu e morreu por amor ao homem, ressuscitou e subiu ao céu por amor ao homem.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Recordações do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto (3)

D. Gabriel esteve presente em todas as sessões do Concílio Vaticano II, participando com intervenções oportunas e inspiradas. Assimilou e traduziu em sua vida e ministério a novidade conciliar. D. Gabriel percebeu a necessidade de uma pastoral que fosse mais que uma simples ação civilizadora ou assistencial.  A pastoral deveria ser, na sua opinião, uma tradução concreta do amor de Cristo pelo povo.  Só com reverência a Jesus homem e salvador se pode levar o povo eleito a uma novidade absoluta de vida. Dizia ao povo da Diocese de Jundiaí: «Ao tomardes então consciência do mistério de Cristo, tereis descoberto o segredo da verdadeira promoção humana, seja individual seja socialmente considerada».  Promoção individual e social a partir da descoberta do amor de Cristo, eis o núcleo do seu ministério!  E apelava ao povo para que considerasse seriamente o chamado de todos à santidade.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Recordações do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto (2)

O seu escudo episcopal revela a sua vida. Nele vemos de um lado o escudo da Ordem do Carmo tanto amada e jamais esquecida por este carmelita até a sua morte. No outro lado do escudo vemos uma cruz de cujo centro resplende o Cristo no mistério da sua encarnação e redenção.  Ao centro está uma estrela prateada, símbolo da Virgem Maria Imaculada. A sua espiritualidade estava aí representada: Cristo, o centro de toda sua vida de oração e pastoral; Maria, sua mãe e inspiração pela devoção à Imaculada Conceição. O lema, “Filius ancillae tuae”, revelava a sua disposição de servir a Deus na sua Igreja com a humildade de um filho de Nossa Senhora.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Recordações do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto

D. Gabriel Paulino Bueno Couto, cuja causa de beatificação está em andamento na Diocese de Jundiaí, era um frade carmelita de estrutura franzina mas de grande estatura espiritual. Quantos o conheceram guardam dele gratas e edificantes recordações. O cardeal Arns, testemunhou: «D. Gabriel era um homem que fez da sua vida uma oração! Não só quando ele estava ajoelhado, preso, fixo ao tabernáculo, mas também quando ele falava, ele estava rezando, quando andava, ele rezava, quando se comunicava conosco, ele estava rezando. Parece que a sua vida toda se transformou numa oração, como o sol que passa por tudo para renovar a existência de cada qual que entrasse em contato com ele».
Frade e pastor exemplar foi reconhecido desde cedo como um homem que colocou Cristo ao centro de sua vida. Talvez até por influência da espiritualidade do Sagrado Coração que inflamava Itu na sua infância. Itu, no estado de São Paulo, é o centro do Apostolado da Oração em São Paulo. Fato é que Cristo era o seu tudo! Ainda no leito de morte enviou uma mensagem aos presbíteros da Diocese de Jundiaí, SP, da qual foi o primeiro bispo diocesano: «Jesus é tudo para o padre». Mais que uma exortação era a memória de sua vida! 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Reflexão com o Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto: DEUS É AMOR! (4ª parte)

Igreja, em Cristo, Revelação de "Deus-Amor"

     Igualmente a Igreja Católica, na qual subsiste a única e verdadeira Igreja de Cristo (cf. LG 8), foi constituída por Deus, como a perfeita "revelação do Deus-Amor".   De fato, a Igreja é "revelação do Deus-Amor", porque Cristo, cumprindo a vontade do Pai, estabeleceu-a "para a comunhão de vida, caridade e verdade"; instituiu-a "como instrumento de redenção de todos" e enviou-a "como luz do mundo e sal da terra" (LG 9). Perfeita "revelação do Deus-Amor" ainda, porque, como enfatiza o Vaticano II, ela vem "descrita, no Apocalipse (10,7;21,2.9;22,19) como a esposa imaculada do Cordeiro imaculado, amada por Cristo que por ela se entregou, a fim de santificá-la (Ef 5,26). 
     Associada ao Cristo por uma indissolúvel aliança, ele incessantemente 'a nutre e cuida dela' (Ef 5,29).   Enfim, tendo-a purificado, Cristo a quis sempre unida e sujeita a si no amor e fidelidade (Ef 5,24) cumulando-a de todos os bens celestiais". Desta forma, o Concilio realça a Igreja como "revelação do Deus-Amor", para que compreendamos a caridade de Deus e de Cristo para conosco, que ultrapassa todo entendimento (Ef 3,19; LG 6). 
     É neste contexto dinâmico da REVELAÇÃO DE DEUS-AMOR que se deve situar toda e qualquer obra ou ação de Deus "ad extra", com todos os seus pormenores, seja qual for a natureza, extensão e profundidade das divinas realizações.
     Em síntese, Deus se define Amor. O dogma da Santíssima Trindade é o mistério da vida íntima de Deus, de sua vida, por assim dizer, "ad intra": o mistério de Deus que ama e é amado em si mesmo. O UNIVERSO, na riqueza de sua realidade, revela o Deus-Amor que o criou por amor e por amor o conserva. Neste universo, surge o homem das mãos criadoras de Deus como "revelação de Deus-Amor", pois Deus o fez em comunhão com sua vida divina, como filho, destinando-o a participar de sua felicidade (DV 2; GS 22); o homem, então, por sua vez originalmente constituído em estado de justiça e santidade, "revelação de Deus-Amor", não só revela o Deus que ama, mas é capaz de responder positivamente, em seu nome e em nome de todo o universo, ao Deus-Amor. 
     Cristo Jesus entra na história do universo como a perfeita, exclusiva e definitiva "revelação de Deus-Amor".   Filho de Deus feito homem, ele "revela", seja a plenitude do Deus que ama o homem, e no homem todo o universo, seja a plenitude do Homem e no homem a plenitude do próprio universo, que ama Deus.  Por isso Nosso Senhor Jesus Cristo foi constituído "eterna revelação de Deus que ama e é amado". 
      É por Cristo, com Cristo e em Cristo que o homem indivíduo, recupera a sua verdadeira identidade, a de filho de Deus, perdida pelo pecado original; e pelo homem, com o homem e no homem, assim reconstituído, Cristo continua sendo a "revelação de Deus-Amor".
     E a Igreja, sociedade mística dos homens assim reconstituídos, continua sendo, e o será até o fim dos tempos, a "revelação do Deus-Amor", por, com e em Cristo, seu místico Esposo. 



(Extraído de: D. GABRIEL BUENO COUTO Bispo de Jundiaí. “O SACERDOTE O MATRIMÔNIO E A FAMÍLIA NO MISTÉRIO DA IGREJA DE CRISTO“, 1977)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Reflexão com o Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto: DEUS É AMOR! (3ª parte)

Cristo, Revelação de "Deus-Amor“

      O Unigênito Filho de Deus, o "resplendor da glória e figura da substância do Pai" (Hb 1.3), "a imagem de Deus o Primogênito de toda criatura" (Cl 1,15; LG 2), assumiu, na realidade da sua Pessoa divina, a natureza humana, unindo-a a si, em substancial e santificante união.   Neste mistério do Filho  Unigênito  de Deus, Cristo Jesus, verdadeiro homem, com todas as suas potencialidades e dimensões, "ungidas" pela plenitude da filiação divina, está consumada, plena e definitivamente a Revelação de Deus-Amor (DV 1-6, etc.) 
     Pela  sua morte  e ressurreição,   Cristo   Jesus   tornou-se aquele "que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29). Por ele, com ele e nele, o homem decaído poderá, agora, reconciliar-se com Deus. Unido a Cristo, o homem se torna filho de Deus e participa da incorruptível vida divina, que o Unigênito do Pai lhe comunica (cf. GS 18).   Em cada um dos redimidos, Cristo Senhor continua sendo, pelos séculos sem fim, a plena e acabada» "revelação  de Deus-Amor" (LG 1). 
(Continua...)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Reflexão com o Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto: DEUS É AMOR! (2ª parte)

O homem é uma particular revelação de Deus-Amor

     O homem, desde o início da sua existência na terra, foi particularmente constituído revelação do Deus-Amor, porque "a razão principal   da   dignidade  humana  consiste  na  vocação   do homem para a comunhão com Deus...   e não vive plenamente segundo a verdade, a não ser que reconheça livremente aquele amor e se entregue ao seu criador" (GS 19). Vivendo, portanto, em comunhão com Deus, participando da vida divina, necessariamente o homem estará "revelando o Deus-Amor". 
     O Homem é "Revelação de Deus-Amor" pela sua natureza integralmente considerada. 
     Esta "propriedade" do homem de manifestar, por vocação, o  Deus-Amor e,  assim,  constituir-se  "revelação  do  Deus-Amor", o Concilio Vaticano II reconhece ao ser humano, não somente considerando um aspecto particular de sua realidade humana, mas atendendo à sua natureza integral:  "tota sua natura", o homem todo, por inteiro, com todos os seus valores e em todas as suas dimensões, é constituído "revelação de Deus-Amor", pois é nesse contexto de sua criação especial que o homem, com sua natureza inteira, é chamado a unir-se a Deus, na comunhão perpétua da incorruptível vida divina (cf. GS 18.21; D V 2). 
     Deus ao criar o ser humano o fez seu Filho e o estabeleceu num estado de justiça e santidade originais. Nesse estado, em que participa da natureza divina, o homem entra em comunhão de vida com Deus, comunhão essa estabelecida e dinamizada seja por forças inatas, enriquecidas, porém, por dons especiais transcendentes, seja principalmente por forças estritamente sobrenaturais (cf. GS 18-19). Assim constituído o homem revela de um modo ainda mais admirável o Deus-Amor! (cf. Sl 8). 
     O homem, porém, pelo pecado dos nossos primeiros pais ' (cf. LG 2; DV 3; GS 13; AA 7; IM 7), nasce com sua natureza decaída e maculada, em situação de pecado, privada que foi da justiça e santidade originais com todo o "conteúdo" dos valores transcendentes, próprios da vida de plena comunhão com Deus e ferida em suas qualidades naturais. Em tal estado a criatura humana deixa de ser "revelação de Deus-Amor", esvaziando-se da grandeza e dignidade em que fora originalmente pensada, querida e constituída por Deus (cf. GS 13).
 (Continua...)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Reflexão com o Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto: DEUS É AMOR! (1ª parte)


DEUS É AMOR – Leitura da primeira carta de São João  (1 Jo 4, 7-13)
      Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor  vem de Deus. E todo aquele que ama, nasceu de Deus e conhece a Deus.  Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
Nisto se tornou visível o amor de Deus entre nós: Deus enviou o seu Filho único a este mundo, para dar-nos a vida por meio dele.   E o amor consiste no seguinte: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou, e nos enviou o seu Filho como vítima expiatória por nossos pecados.
Amados, se Deus nos amou a tal ponto, também nós devemos amar-nos uns aos outros.   Ninguém jamais viu Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus está conosco, e o seu amor se realiza completamente entre nós.  Nisto reconhecemos que permanecemos com Deus, e ele conosco: ele nos deu o seu Espírito.

       Esta afirmação não deve ser tomada como simples e edificante arrebatamento idílico de alma mística. É revelação feita pelo próprio Deus  expressa em  termos  de história  do mundo, bíblica ou não, e definida, ainda sob a inspiração do mesmo Deus, pelo Apóstolo São João: "Deus é caridade" (1Jo 4,8.16). Tampouco a realidade divina assim definida poderia ser diferente daquela com que o próprio Deus se manifestou a Moisés: "Eu sou o que sou... Tu hás de dizer aos filhos de Israel: Aquele que é, me enviou a vós" (Ex 3,14). 
  Partindo desta definição, dada aos homens pelo próprio Deus, podemos deduzir a conclusão: o universo inteiro, com todos "'os elementos que o integram, a história do mundo e das coisas, mas principalmente a história dos homens, com suas fases de realização em todas as dimensões, nada mais são do que a pura e simples manifestação do Deus-Amor. 
      Ensina o Vaticano II: "Deus, pelo conselho de sua sabedoria e amor, ordena, dirige e governa o mundo todo e os caminhos da comunidade humana" (DV 3). Mais ainda: "O homem, se existe, é somente porque Deus o criou e isto por amor. Por amor (ele) é sempre conservado" (GS 19; cf. DV 3; LG 2).
(continua....)

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Rápida biografia do Servo de Deus Dom Gabriel Paulino Bueno Couto

Biografia de D. Gabriel Bueno Couto, O. Carm.
Nasceu em Itu, Estado de São Paulo a 22 de junho de 1910. Filho de Porsino Camargo Couto e Gabriela Bueno Couto. Recebeu o nome de Paulino. Realizou seus estudos primários no Grupo Escolar “Cesário Mota”. Em 1923 entrou para o Seminário Arquidiocesano de São Paulo, em Bom Jesus de Pirapora, pela inexistência de um Seminário próprio dos carmelitas. Mais tarde transferiu-se para a Escola Apostólica Carmelita de Itu, então designada como marianato, onde completou os estudos das humanidades. Fez o noviciado em 1927 no convento do Rio de Janeiro, assumindo o nome de Frei Gabriel e professando os votos religiosos em 30 de dezembro de 1928, na chamada Província do Rio de Janeiro. Nesse convento também cursou o primeiro ano de filosofia. O segundo ano do mesmo curso o fez no novo convento de São Paulo, para onde foram transferidos os estudos superiores no inicio de 1930.  Chega a Roma no dia 7 de outubro de 1930. No período de 1930 a 1935, perfaz o curso de quatro anos de teologia no Studium Generale e aí obtém o leitorado em 1934. Diplomou-se em biblioteconomia pela Biblioteca Vaticana. Emitiu sua profissão solene na Ordem em 1931. É ordenado presbítero em 9 de julho de 1933. Inscreve-se na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Gregoriana – Roma em 1934. Defende tese de doutorado em 1936. Celebra sua primeira missa solene no Brasil na matriz da Candelária de Itu a 24 de novembro de 1937. É professor na Faculdade Teológica do Studium Generale de 1938 a 1939. Professor também de filosofia no Instituto Pio XI, de propriedade da Ordem. Mestre (formador) dos estudantes por vários anos a partir de 1938; Vigário Prior do Colégio de 4 de novembro de 1943 a 1946; Assistente Geral da Ordem de 1946 até 1947, quando foi nomeado bispo titular de Leuce na Tracia, precisamente no dia 26 de outubro. Sua ordenação episcopal ocorreu em 15 de dezembro do mesmo ano na Igreja da Traspontina em Roma. Primeiramente bispo-auxiliar de Jaboticabal. A 15 de fevereiro de 1947 assume como bispo-auxiliar de Jaboticabal. Em 1948 constituiu o mosteiro “Flos Carmeli” ,dedicado à vida contemplativa, com religiosas carmelitas provindas da Holanda. É designado bispo-auxiliar de Curitiba, no ano de 1954, a pedido de D. Manuel d’Elboux, função esta que não pôde exercer em razão da precariedade de saúde, isto é, tuberculose pulmonar. Foi transferido como bispo-auxilliar para Taubaté (1956), quando esteve internado no Sanatório das Pequenas Irmãs de Maria Imaculada para tratamento de saúde, em São José dos Campos.  É designado para bispo-auxiliar da arquidiocese de São Paulo em 1965. Ocupou o cargo de Capelão Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Pároco da paróquia universitária do Coração Imaculado de Maria, criada , em 1965, pelo cardeal arcebispo de São Paulo D. Agnello Rossi . No dia 21 de novembro de 1966 foi nomeado primeiro bispo titular de Jundiaí. Foi um dos redatores finais, em 1972, do documento dos bispos “Testemunho da paz” contra as prisões políticas e as torturas. À frente da diocese de Jundiaí veio a falecer em 11 de março de 1982.
(Cf Antonio Silvio da Costa Junior, “Bueno Couto, Gabriele Paolino, servo di Dio, vescovo O. Carm., 1910-1982”, in Dizionario Carmelitano, a cura di E. Boaga, O.Carm. e L. Borriello, OCD, Roma, 2008, 110). N.B. foram acrescentados ulteriores dados à biografia.