DEUS É AMOR – Leitura da primeira carta de São João (1 Jo 4, 7-13)
Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus. E todo aquele que ama, nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
Nisto se tornou visível o amor de Deus entre nós: Deus enviou o seu Filho único a este mundo, para dar-nos a vida por meio dele. E o amor consiste no seguinte: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou, e nos enviou o seu Filho como vítima expiatória por nossos pecados.
Amados, se Deus nos amou a tal ponto, também nós devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus está conosco, e o seu amor se realiza completamente entre nós. Nisto reconhecemos que permanecemos com Deus, e ele conosco: ele nos deu o seu Espírito.
Esta afirmação não deve ser tomada como simples e edificante arrebatamento idílico de alma mística. É revelação feita pelo próprio Deus expressa em termos de história do mundo, bíblica ou não, e definida, ainda sob a inspiração do mesmo Deus, pelo Apóstolo São João: "Deus é caridade" (1Jo 4,8.16). Tampouco a realidade divina assim definida poderia ser diferente daquela com que o próprio Deus se manifestou a Moisés: "Eu sou o que sou... Tu hás de dizer aos filhos de Israel: Aquele que é, me enviou a vós" (Ex 3,14).
Partindo desta definição, dada aos homens pelo próprio Deus, podemos deduzir a conclusão: o universo inteiro, com todos "'os elementos que o integram, a história do mundo e das coisas, mas principalmente a história dos homens, com suas fases de realização em todas as dimensões, nada mais são do que a pura e simples manifestação do Deus-Amor.
Ensina o Vaticano II: "Deus, pelo conselho de sua sabedoria e amor, ordena, dirige e governa o mundo todo e os caminhos da comunidade humana" (DV 3). Mais ainda: "O homem, se existe, é somente porque Deus o criou e isto por amor. Por amor (ele) é sempre conservado" (GS 19; cf. DV 3; LG 2).
(continua....)
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